sexta-feira, 30 de julho de 2010

Para quem eu tenho cara de bom moço?

"...o importante não é a forma e sim a essência..."

Em entrevista para a equipe do blog, Saulo Vasconcelos respondeu as mais diversas perguntas sobre sua carreira e até mesmo sua vida pessoal. Com alguns casos engraçados, mas também com assuntos sérios. Esperamos que todos tenham uma ótima leitura e que apreciem conhecer um pouco mais desse tão bem sucedido ator/cantor de musicais do Brasil.

- Na sua época de escola você escreveu uma peça e ganhou como a melhor peça apresentada. Hoje que você já é um ator/cantor de carreira sólida não pensa em escrever peças convencionais ou até mesmo musicais, já que se fala também de musicais genuinamente brasileiros?


Saulo: Não, eu penso em dirigir alguma coisa no máximo. Escrever ainda não ,porque para escrever nos moldes de teatro musical é necessário misturar muito bem o texto com a música, para não ficar como aquelas coisas antigas de: ‘ah, espera aí que eu vou te contar uma coisa’ e de repente começar a cantar ‘lá lá lá’. Tanto é que nos musicais mais antigos que tem esse molde a grande preocupação, por exemplo em ‘A Noviça Rebelde’, ‘O Rei e Eu’ e etc, é fazer uma transição suave do texto com a música, porque antigamente realmente era muito brusco. Inclusive isso era objeto de piada para as pessoas que pouco conhecem o teatro musical. Na cabeça das pessoas atualmente elas acham que teatro musical é isso, é chegar e cantar do nada quando ela estava falando, então é muito dificíl costurar o texto com a música e eu não tenho competência, não tenho pretensão nenhuma de fazer isso e pra teatro teatro convencional menos ainda, porque não é linguagem que eu falo em especifico. Então, realmente eu prefiro pensar em uma direção, no futuro, que seja uma transição mais lenta para alguma coisa diferente do que eu faço hoje.

- Ainda na época da escola, com essa cara de bom moço, você era muito travesso? Qual foi a sua ‘maior’ travessura? Lembra de algo que possa contar?


Saulo: Para quem eu tenho cara de bom moço? (risos). Na época da escola?

- Sim, alguma coisa que a diretora chegou a chamar a sua mãe até que você não teve mais saída?

Saulo: Eu fui suspenso muitas vezes no primeiro grau, não sei contar o número de vezes, acho que foram mais de sete... Catorze... Sei lá, não sei quantas foram só sei que foram realmente muitas vezes. Era para eu ter sido expulso no primeiro grau inclusive, só que a diretora era uma freira ,amiga da minha mãe. Eu estudava em uma escola católica que se chamava ‘Santo Antonio’ lá em Brasília. A diretora chamou minha mãe e disse ‘realmente nós não temos porque expulsar ele, pois as suspensões dele não são por maldade’.



As minhas suspensões eram sempre porque eu não conseguia parar de rir por causa de uma piada e eu não conseguia me concentrar e a professora me colocava para fora da sala. E quando éramos colocados para fora da sala eles eram obrigados a suspender pelo menos por um dia.

Uma vez eu caí da cadeira, comecei a rir e a professora de matemática me tirou da sala. E no segundo grau eu fui suspenso muitas vezes e consegui ser expulso. No segundo grau eu estudava no Marista. No segundo ano, eu fiz muita bagunça realmente. Mas eu não era de jogar bomba no banheiro, eu não era de ficar tirando foto da calcinha das meninas por debaixo, assim não, nada desse tipo. Contudo eu era muito bagunceiro, gostava muito de fazer bagunça, de cantar, de ficar fervendo demais e nisso foram sete suspensões no segundo grau. Essas eu contei. Na verdade foram seis suspensões, na sétima foi a expulsão. Na sexta eu fui convidado com a minha mãe para me retirar do colégio, nós recusamos o convite (risos), mas ao recusar o convite eu fiquei sob uma espécie de condicional no colégio. E assim, consegui ser expulso realmente. Chegar atrasado à aula já era motivo de expulsão. E eu acabei tendo um desentendimento com a professora de inglês que ocasionou minha expulsão, mas isso é por causa de uma inquietude que eu sempre tive.


- Poderíamos dizer que na sua carreira você teve duas estreias, uma no México com ‘O Fantasma da Ópera’ que te iniciou no mundo dos musicais e a outra aqui no Brasil com ‘Os Miseráveis’ na sua língua nativa e com amigos. Esquecendo o choque cultural que você teve no México o que mais te marcou nessas duas estreias?

Saulo: Na estreia do ‘Fantasma da Ópera’ o que mais me chamou a atenção foi não ter ninguém conhecido na plateia, se bem que aqui no Brasil também não. Mas lá era outro país. Minha mãe não veio para a estreia, meus amigos não vieram para a estreia. E em "Les Miserables", aqui em sampa, os meus amigos estavam aqui para fazer o espetáculo e não para me ver. E o que mais me surpreendeu no ‘Fantasma da Ópera’ foi o fato de eu não ter nenhum amigo na plateia, nenhum familiar e estar em um país completamente estranho que eu não sabia como seria a reação. Mas quando sai pro aplauso final e as pessoas gritaram ‘Bravo’, no primeiro espetáculo que tinha público, pois o público mexicano não aplaude de pé, aí sim! Aquilo foi maravilhoso.

Aqui no Brasil se tem a mania ou hábito de levantar e se aplaudir de pé gostando ou não gostando tanto do espetáculo, mas lá eles só se levantam se amarem mesmo. E eu tive uma ovação de pé ou ‘ovación de pié’ como se chama lá. Foi uma honra realmente, porque foi quando eu conquistei o respeito da companhia, dos técnicos no backstages, porque até então existia uma expectativa deles com relação a mim. Se eu iria dar conta como estrangeiro, pois na cabeça deles obviamente existiam mil e um mexicanos que poderiam fazer o papel no meu lugar. E aqui no Brasil, foi um pouco diferente. A expectativa era outra. Mais tranquila mais sossegada. Mas havia uma ansiedade, porque lá no México já tinha sido uma realidade. Musical lá dá certo. É só escolher o título certo, o espetáculo certo, e fazer a divulgação em cima. Porque público tem. E aqui no Brasil não se sabia disso, não se sabia se daria certo. Não se sabia se aqui em São Paulo iria ter público, até na época nós falávamos puxa se fosse no Rio seria mais legal, porque lá tem mais turismo estrangeiro.

Hoje, eu acredito que o que sustenta mesmo é o público local de São Paulo e o interior. Se deu certo? Deu certo! Mas demorou! Tivemos uma casa estranha nas primeiras duas semanas e depois bombou, então aconteceu o atentado de 11 de setembro e a casa caiu drasticamente, mas passou e finalizou bem.

- Durante o intervalo de Cats o público tem a oportunidade de falar com você. Já se surpreendeu com algo diferente, inusitado que te falaram ou fizeram?

Saulo: As cinco frases que mais dizem:

  • Quando é que vai voltar o Fantasma?
  • Se vier o Love Never Dies é você que vai fazer?
  • Posso tocar no seu pelo?
  • Qual o próximo espetáculo?
  • Você vai estar no próximo espetáculo?

Essas são as perguntas que as pessoas sempre fazem e as crianças sempre perguntam: ‘Cadê os outros gatos eu também quero falar com outros gatos’, eles perguntam ‘N’ coisas, mas essas são as cinco perguntas mais feitas e eu respondo com muito carinho cada um, porque eles não têm culpa se eu já ouvi isso e respondo pacientemente, mas tem hora que cansa responder pela milésima vez: não sei se o fantasma vai voltar e não sei se voltar se vou ser eu que vai fazer. Não sei se eu vou fazer o Love Never Dies. Pode tocar no meu pelo sim, não tem problema (risos).

Mas por outro lado tem perguntas interessantes, uma vez teve uma pessoa que perguntou se eu ainda ficava nervoso quando eu subia naquele palco. Pois a pessoa sobe no palco e vê aquelas cadeiras todas e fica impressiona. Então pergunta ‘nossa você não fica nervoso?’. E eu respondi: Não. E a pessoa ficou decepcionada. Então, eu emperrei a fila de pessoas que me esperavam pra um autógrafo, e expliquei para ela que aquilo não era motivo mais para eu ficar nervoso. Porém, no parecer dela eu deveria sentir paixão pelo que faço. Mas não estar nervoso não significa que eu não sinta paixão pelo o que eu faço, mas simplesmente quer dizer que eu tenho controle emocional pelo que eu faço. Porque não sou eu que tenho que me emocionar de estar lá. É o público que tem que se emocionar por estar me vendo, estar vendo meus companheiros. Foram cinco minutos de lição para mostrar qual é o papel do ator ali. Eu tenho que ter frieza para fazer o que faço, pois se eu me emocionar eu perco o controle da minha voz, da minha interpretação e da interação com os meus colegas.

- Mas esse nervoso já aconteceu em algum momento?

Saulo: Ah, sempre na estreia eu tenho, sempre estamos todos nervosos. A estreia tem sempre aquela preocupação de: será que vai dar certo, será que vai ter público bacana pra temporada? Porque se não for sucesso a T4Fun pode de repente poder pensar, hipoteticamente falando, em só investir em shows porque é mais legal, dá mais dinheiro. Sei lá. Fica o medo. Então à cada espetáculo fica a preocupação de se o público vai gostar tanto quanto do último espetáculo. Porque há de se manter um padrão de qualidade também para ter as pessoas interessadas. Meu nervosismo é outro agora. Há 10 anos minha preocupação era: Será que eu vou dar conta? Será que eu tenho talento? Hoje eu sei que eu tenho talento, que eu arraso, mas hoje eu quero saber se o espetáculo é bom para o público de São Paulo.

- O que não pode faltar em seu camarim? Vídeo-game é item básico?



Saulo: Não, vídeo-game não necessariamente, por exemplo, faz duas semanas que eu não trago. Mas, não pode faltar: músicas; DVD´s de séries e shows; roupão para me proteger do frio porque o ar-condicionado aqui é feroz às vezes chega a 14 graus, pode estar lá fora 40 que aqui será 14; não pode faltar comida saudável e um sabonete bom para retirar a maquiagem, além de demaquilante bom para passar no rosto e não estragar a pele, mas isso é especificamente no Cats por causa da maquiagem.

- Se você não fosse ator/cantor em musicais e não pudesse fazer nada relacionado com a arte. Você seria?

Saulo: Pergunta difícil essa que você me fez agora, não sei, acho que seria... Algo relacionado ao esporte. Se não tivesse nada a ver com arte?


- Nada a ver com arte.

Saulo: Alguma coisa com o esporte relacionada ao bem estar físico, pelo menos. Eu gosto muito, sou apaixonado por saúde, mas não necessariamente médico, não tenho paciência para a medicina. Alguma coisa relacionada à educação física, não sei! Não sei! Talvez um esportista profissional, não sei, algo realmente relacionado aos esportes. Ah, ou viagens.

- Um Guia?

Saulo: Não é nesse sentindo... É no sentido de ser tipo um apresentador de um programa para onde viajar. Não sei, isso é o mais próximo que eu consigo me imaginar.

- Já que estamos falando em viagem, três lugares que você gostaria de conhecer?

Saulo: Nova Zelândia; Vietnã, nada haver com ‘Miss Saigon’ (risos). Aquela região da Tailândia, Índia toda aquela parte da Ásia. E depois que eu vi o ‘Hanami – Cerejeiras em Flor’, que é um filme bastante bacana que eu gostei muito. Eu fiquei com uma imensa vontade de ir para o Japão, mas me dá preguiça de ir porque eu não sei ler nada em japonês e os caras falam muito mal o inglês. E são esses os países que eu gostaria de ir, Nova Zelândia eu quase fui. Quando fui para a Patagônia eu estava entre os dois, mas como a Patagônia é mais perto e eu não tinha tanto tempo para viajar acabei optando pelo lugar mais perto. Ah, eu também tenho vontade de ir para o Chile no deserto do Atacama ou Machu Picchu no Peru, mas esses são lugares específicos. Países mesmo seriam: Vietnã, Nova Zelândia e Japão.


- O que é ‘Pretty Words’ (single disponível no youtube e à venda em lojas) para você?

Saulo: ‘Pretty Words’ é a forma. Eu acredito mais na essência. Quando você pára pra pensar na letra da música e a analisa, vai perceber que ela diz ‘palavras bonitas, são só palavras bonitas’ ... ’me ama, me beija, me cura e você vai saber tudo que há para ser sabido’ ou ‘Love me and you´ll know all there is to know’ ... ‘Kiss me And you´ll now all there is to know’. Quando se fala isso na música, tanto o André Cortada, o compositor e letrista, quanto eu, como intérprete, queremos dizer que o importante não é a forma e sim a essência. Não são palavras, não são gestos. É a essência que te leva as palavras.

- Muitas pessoas reclamam o fato de você ter lançado um Single e não um cd com várias músicas, por exemplo, pois dizem que a sua voz é muito bonita e por isso mereceria um CD Full. Você já tem planos de um novo CD?

Saulo: Tenho, mas ao lançar o single com a faixa bônus, a minha pretensão era de saber o quão difícil é me inserir no mercado fonográfico. Porque definitivamente eu não sou do mercado fonográfico, sou do mercado de teatro musical. É uma coisa muito distinta da outra. Sou cantor que faz teatro musical e tenho uma baita carreira de 10 anos, mas não estou na indústria fonográfica. É tudo um trabalho independente. E como é independente tem um custo. Para gravar duas músicas houve um custo. E eu calculei: até aqui eu vou com as despesas e vamos ver qual é a reação do público. Se for algo viável gravar mais 8 ou 10 músicas ou se eu faria mais 5 CDs depois, só vai depender de como o público vai reagir. Do difícil ou fácil que seja pras pessoas ter acesso ao meu produto. Estou falando bem comercialmente mesmo. Essas tiragens todas do meu single que estão à venda no teatro e nas lojas, são praticamente de efeito institucional. Não é tanto para ganhar dinheiro. Ou seja, há de se avaliar a vontade e desejo das pessoas, de um grande número delas, em se comprar um produto que eu estou bancando. Por enquanto, o projeto é meramente pra divulgar o nome e a marca.

Se houver uma boa venda, então eu gravo um CD completo. Se eu tiver a menor dúvida eu prefiro esperar até ter a certeza. Eu já tenho uma segurança, eu já tenho a minha carreira eu já tenho um público que vem me assistir em teatro musical. E eu só vou fazer isso mesmo se for para ter sucesso. Se for para ter uma aventura que vai ter consequências negativas, eu não vou adiante.

- A temporada de CATS em São Paulo termina dia 19 setembro. Você pretende seguir com a produção para o Rio de Janeiro?

Saulo: Não, eu não pretendo porque eu já tenho outro compromisso. Fiquem ligados!

- E para finalizar qual o recado que você deixa para o público que acompanha o seu trabalho há um ou dez anos.

Saulo: Para as pessoas que me acompanham há 10 anos um muito obrigado! De verdade, porque não é fácil. Tem gente que me viu em todos os espetáculos inclusive ‘O Fantasma da Ópera’ no México, teve duas ou três pessoas que já me falaram isso. Então, para essas pessoas, muito obrigado! É claro que elas necessitam ter interesse no espetáculo antes de qualquer coisa. Apesar de eu estar nele, o espetáculo tem que ser bom e eu venho tentando me manter em espetáculos bons para fazer valer a pena para essas pessoas que me acompanham há 10 anos saírem de suas casas e irem me assistir. Tenho cobrado e exigido das produções, quando me é dada a oportunidade, um padrão de qualidade para que realmente valha a pena as pessoas virem até o teatro para assistir determinada peça.

Para os que me acompanham há um ano ou que estão me vendo pela primeira vez em Cats podem continuar vindo que elas não vão se arrepender, porque tudo que eu faço é caprichado, faço com muito amor. Sei que é um clichê, mas é uma premissa básica de toda e qualquer área: para ser profissional tem que ter amor e competência no que se faz. A diferença, isso eu falei até em uma palestra na Casa de Artes Operária, entre um profissional que está começando e eu, que tenho vários anos de carreira, é que eu tenho mais sangue frio. Eu não fico mais tão ansioso, tão nervoso, tão tenso e alterado com uma estreia, apesar de ficar emocionado ainda. Porque eu tenho mais frieza. Mas nunca menos amor pelo que faço.




quarta-feira, 28 de julho de 2010

Agenda: Programa Transalouca

Saulo Vasconcelos, Paula Lima e Cleto Baccic, elenco de Cats, na Rádio Transamérica, SP.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Encerramento do Workshop 'Broadway no Divã'

Depois de 15 dias de ensaio ocorreu na noite de 26.07.2010 o encerramento do Workshop 'Broadway no Divã' no teatro Impresa. Saulo Vasconcelos como Bobby (famoso por ter ganhado a vida no musical 'Company') comemorava seu aniversário de 35 anos em companhia de seus diversos personagens como: Elphaba, Eponine, Shrek e Fiona, Trancy, as princesas Disney entre outros que apenas sabiam reclamar de seus problemas para Bobby, até que no fim ele volta a sí cantando 'Viver é Mais' e percebe que a única que esta ali é Adelaide uma moça que entrou em sua casa para se secar da chuva e é então que ele entende que ela era a pessoa que ele esperava por tanto tempo. Todos os personagens ressurgem e tiram Bobby da solidão desejando-lhe feliz aniversário.



Saulo participou como ator convidado de 'Broadway no Divã'. O espetaculo teve direção cênica de Tiago Abravanel e direção musical de Rafael Villar (preparação vocal) e Michelle Fiúza (correpetição e regência)

sábado, 24 de julho de 2010

Maquiagem de Saulo Vasconcelos em CATS

Você sempre teve curiosidade de saber como era feita a maquiagem dos atores de CATS?

Saulo Vasconcelos abriu seu camarim e apresenta a todos o processo de maquiagem que o transforma em Old Deuteronomy.


sexta-feira, 16 de julho de 2010

Entrevista: Saulo Vasconcelos


Dono de uma voz intensa e pujante, Saulo Vasconcelos é o que podemos chamar de ator multitalentoso: canta, dança e atua. Não bastasse isso, estamos falando do mais bem sucedido ator de teatro musical do Brasil, que acumula em seu currículo o papel de protagonista das mais prestigiadas peças do gênero e coleciona milhares de aplausos em mais de 10 anos de carreira. Saulo já encarnou personagens como o misterioso Fantasma da Ópera, a solitária Fera, o enérgico capitão Von Trapp, entre muitos outros.


Hoje, ele vive o velho gato Old Deuteromony no musical CATS, em cartaz no teatro Abril, onde contracena ao lado de Sara Sarres e Paula Lima. O blog MusicaisBR entrevistou o ator, que disse ter ainda mais surpresas a caminho para ler a entrevista acesse:

http://musicaisbr.wordpress.com/2010/07/15/171/

Paula Lima, Saulo Vasconcelos e Bacic na Transamérica

Videos de parte da entrevista de Saulo Vasconcelos, Paula Lima e Bacic na rádio Transamérica



quinta-feira, 15 de julho de 2010

Palestra com SAULO VASCONCELOS!!!



O convite é de última hora, mas vale a pena!

A Casa de Artes OperÁria convida a todos para assistir uma palestra com SAULO VASCONCELOS!!!


Dia 15/07, quinta-feira, às 16:30h, na Casa de Artes OperÁria.

ATENÇÃO: para participar, cada pessoa deverá levar um kilo de alimento* não perecível!!!

*Solicitamos que se possível, por gentileza, os alimentos Não sejam sal, Nem açucar e Preferencialmente optem por arroz, feijão, macarrão, etc...

COMPAREÇA!!!

Chame seus amigos, passe no mercado para comprar os alimentos para doar e esteja na OperÁria na hora marcada!!!

Não perca esta oportunidade!!!

Casa de Artes OperÁria
Rua Sacramento Blake, 88-Mooca (próximo à estação de trem MOOCA)
Tel: 2618-5540

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Programa Vitrine

Assista no link abaixo Saulo Vasconcelos e o elenco de CATS no programa Vitrine. Uma super reportagem que mostra detalhes que geralmente o público não vê.



http://www.tvcultura.com.br/vitrine/programas/28221/46241

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Saulo, Paula e Baccic no Transalouca


Para quem não pôde acompanhar ao vivo a divertida participação de Saulo Vasconcelos, Paula Lima e Cleto Baccic no programa Transalouca da rádio Transamérica, segue o link da entrevista deles ao programa mais algumas fotos exclusivas:

http://www.transanet.com.br/sppop/transaloucagaleriainterna.aspx?id=925








Os bastidores do musical Cats


Confira a entrevista de Saulo Vasconcelos, Sara Sarres, Julio Mancini, Cleto Baccic e outros para a Jovem Pan online mais os bastidores, preparação do elenco e trechos do musical Cats, em cartaz no Teatro Abril.


terça-feira, 6 de julho de 2010

Saulo Vasconcelos no programa "Transalouca"



Saulo Vasconcelos entrará ao vivo no programa Transalouca hoje, 06.07.2010, na rádio Transamérica 100.1 a partir das 13h.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

O novo narrador dos jogos do Brasil no Twitter: Saulo Vasconcelos


Após os seguidores de Saulo Vasconcelos brincarem, via Twitter, de que queriam ele como narrador dos próximos jogos do Brasil o ator resolveu mostrar suas 'aptidões' de locutor em video, além de seu lado torcedor. Confiram:



Enquanto o Brasil ainda ganhava:




Na hora do empate:




quinta-feira, 1 de julho de 2010

Cresci muito ao fazer O Fantasma da Ópera, diz Saulo


Renato Fernandes, Do ClickCultural

Saulo Vasconcelos é conhecido no mundo dos palcos por participar de grandes produções. Ele já atuou em O Fantasma da Ópera, Les Misérables, Aida, As Travessuras do Barbeiro e A Noviça Rebelde.

Atualmente interpreta Old Deutoronomy em Cats. O ator recebeu o ClickCultural no camarim, momentos antes de mais uma apresentação, falou de seu CD solo, sobre sua carreira e do musical dos gatos mais famosos do mundo.

ClickCultural – O que você faz no teatro antes de entrar em cena?

Saulo Vasconcelos - Geralmente, nós chegamos duas horas antes do espetáculo. Fica à disposição para os atores o aquecimento corporal, pois precisamos fortalecer a musculatura, o musical é muito pesado, machuca principalmente os bailarinos. Além disso, temos o aquecimento vocal e os diretores sempre dão um feedback para deixar a trama sempre no padrão. Os americanos que montaram essa produção vão embora, mas é deixada uma orientação para manter a qualidade. Como não faço parte do corpo de bailarinos, tenho meu aquecimento específico voltado para fortalecer os joelhos, esse trabalho é particular e depende da necessidade de cada ator. Temos que manter uma condição física boa, somos metade artistas e metade atletas.

ClickCultural – Como é enfrentar duas apresentações do espetáculo no mesmo dia?

Saulo Vasconcelos - Quatro espetáculos durante 48 horas é difícil, é o momento mais cansativo da semana. Quando termina essa sequência de apresentações, nós só queremos ver apenas uma coisa: cama.

ClickCultural – O seu personagem em Cats é uma espécie de líder dos gatos. Fale um pouco do seu papel nesse musical.

Saulo Vasconcelos - Old Deutoronomy é um chefe da tribo Jellicle Cats, uma espécie de líder espiritual, tem uma autoridade. O personagem está celebrando a vida com os gatos, eles se reúnem uma vez por ano. Essa reunião tem o objetivo de escolher um deles para viver uma nova vida, pois os gatos têm sete vidas.

ClickCultural – O que te impulsionou a entrar no mundo do teatro?

Saulo Vasconcelos - Sempre gostei de canto e interpretação. Quando era pequeno gostava de tocar bateria, comecei com uma banda, depois para ter uma desenvoltura cênica melhor, comecei a fazer teatro. Por isso, comecei a viver de canto e teatro. Sempre procurei ter aulas com os melhores professores nas duas áreas. Em Brasília, não tinha um curso voltado para o teatro musical, isso também ocorria em todo Brasil. Essa disciplina é chamada de Perform Arts e está conquistando seu espaço no país.



ClickCultural – Você passou pelos musicais mais importantes do mundo, existe um momento mais marcante em sua carreira?

Saulo Vasconcelos - O momento reviravolta foi dez anos atrás quando fui fazer O Fantasma da Ópera no México. Foi algo surreal na época, fui chamado para fazer as audições com o pessoal da alta cúpula desse espetáculo na Europa. Eles já tinham testado candidatos em vários lugares do mundo como Argentina, México, Cuba, entre outros. Depois, recebi o convite para interpretar o protagonista no musical mais famoso de todos os tempos, era inacreditável. Mas isso teve seu preço, fui morar em um país desconhecido, com um idioma diferente, não tinha família, amigos, passei por uma pressão psicológica muito grande. Entretanto, foi um momento que cresci bastante.

ClickCultural - E como foi gravar o seu álbum solo Pretty Words? Você sempre teve vontade de fazer isso?

Saulo Vasconcelos - Sempre tive um sonho de gravar um CD, pois trabalho com música há muito tempo. Participei de diversos espetáculos da Broadway, só com O Fantasma da Ópera fiz mil apresentações, fui visto por milhões de pessoas, mas nunca tinha gravado um CD. Foi uma iniciativa própria, é uma área onde você investe muito e recebe pouco. Porém, é uma forma de mostrar mais meu trabalho, tem pessoas que me conheceram pelo CD e foram me ver no teatro, e vice-versa também.

ClickCultural – Você está chegando na centésima apresentação neste fim de semana com elenco de Cats. Existe algum tipo de nervosismo antes de subir nos palcos?

Saulo Vasconcelos - Quando está no momento da estreia é uma pilha de nervos. Não fico mais nervoso, quem tem que se emocionar é o público. Claro que existe uma energia a mais, mas tenho que ter um controle emocional para atuar na frente de 1.500 pessoas. Se ficar nervoso, sua voz treme, prejudica seu trabalho, é preciso ter técnica e ser profissional.