segunda-feira, 30 de abril de 2012

Priscilla, Rainha do Deserto - O Musical

É impressionante a velocidade com que os musicais da Broadway têm chegado ao Brasil. Mal estreou em Nova York, há um ano, depois de ampla aprovação popular na Austrália e em Londres, já ganhou versão brasileira, com tradução e adaptação de Flávio Marinho. O êxito da peça, por sinal, popularizou a figura das drag queens, com seus excessos e performances.

A peça alicerça sua narrativa a partir do deslocamento de três personagens por um vasto deserto australiano, a bordo de um estiloso ônibus batizado carinhosamente de Priscilla, que ganha vida no palco. As drag queens Mitzi (Luciano Andrey) e Felícia (André Torquato) e a transexual Bernadette (Ruben Gabira), ex-integrante de um famoso espetáculo de transformismo, experimentam uma transformação pessoal à medida em que a viagem avança. O rito de passagem começa na litorânea cidade de Sidney e se estende até a interiorana Alice Springs, onde o trio pretende cumprir temporada de shows em um hotel cassino, contratado pela ex-mulher de um deles. À parte a opção pelo entretenimento descompromissado, o texto de Stephan Elliott e Alan Scott toca o dedo na ferida do preconceito e celebra a liberação. O espírito de aventura, com suas imprevisibilidades, predomina o tempo todo. Durante a jornada o ônibus quebra, há brigas internas, acontecem ensaios no meio do nada, a trupe é rejeitada em um vilarejo machista, um mecânico se engaja ao grupo. O público acompanha um mosaico da diversidade, da identidade nacional e das relações étnicas. Por exemplo: Mitzi teve um filho do antigo casamento e a viagem adquire o significado de encontro entre esta criança e o pai gay e drag queen.

O diretor geral Simon Phillips conduz com segurança este espetáculo colorido e cheio de brilhos e paetês, cuidando para que o ritmo não seja atropelado pelo enredo movimentado. Contribui para o bom andamento da montagem o envolvente repertório musical, pontuado por hits disco e pop como It's Raining Men, I Will Survive e Always on my mind, canções que marcaram época e embalaram várias gerações. O diretor musical Stephen Spud Murphy, também responsável pelos arranjos, contou na versão brasileira com a participação de Miguel Briamonte na direção musical, que pilotou a orquestra de oito músicos. A inspirada coreografia de Ross Coleman e Andrew Hallsworth ganhou nesta montagem a competência de Tânia Nardini, na dupla função de coreógrafa associada e diretora residente. Vale ressaltar que a música, aqui, funciona além da mera trilha sonora para o espectador. Não só ela é essencial para desenrolar a narrativa, porque servem de base para a performance dos protagonistas, como teatralizam e potencializam uma viagem só aparentemente trivial. Percebe-se um meticuloso cuidado na concepção do espetáculo, do impactante ônibus-personagem de oito toneladas que demandou uma semana para ser montado aos quinhentos figurinos deslumbrantes desenhados por Tim Chappel e Lizzy Gardiner, ambos responsáveis também pelo mesmo setor no filme homônimo (1994). O elenco reunido reproduziu igual preocupação com a qualidade. O veterano Ruben Gabira encontrou o ponto certo na caracterização do rabugento transexual Bernadette, fugindo da pura caricatura. Depois de boa passagem pela comédia Mambo Italiano, Luciano Andrey transmite muito vigor e garra ao encarnar Mitzi, personagem em constante conflito com seu passado.

O jovem André Torquato, 18 anos, visto recentemente em Gypsy e As Bruxas de Eastwick, está irrepreensível no difícil papel de Felícia – a cena em que interpreta Sempre Libera, no alto do ônibus, é um dos pontos altos da encenação. Saulo Vasconcelos, recém saído de Mamma Mia!, brilha como o mecânico Bob, o bonachão insatisfeito no casamento que decide incorporar-se à viagem. As divas, que aparecem juntas descendo por cabos de aço ou despontando por trás do ônibus, são feitas com muita graça e talento por Priscila Borges, Simone Gutierrez e Lívia Graciano. Andrezza Massei, que também brilhou em Mamma Mia!, usa toda sua veia cômica para compor a hilária Shirley. Lissah Martins, um dos destaques de Miss Saigon, aproveita bem o pequeno papel, fazendo de Cynthia, mulher do mecânico, uma figura cheia de maneirismos – a cena das bolinhas de pingue-pongue, em um estereotipado número musical, é impagável. A montagem, por sinal, oferece várias sequências memoráveis. Uma das cenas mostra o trio, acolhido por uma comunidade aborígene, se esforçando para interagir com o inusitado grupo.

Em outra, elas aparecem montadas em um bar freqüentado por machões de uma pequena cidade, desafiando-os com seu modo de ser. O que esta comédia musical pode suscitar no espectador, além do entretenimento, é uma reflexão irreverente sobre diferenças culturais e de gênero. Nada controverso, o que poderia afastar espectadores menos afeitos a esse tipo de discussão. Mas o suficiente para permitir que seja desfrutado por platéias de variados perfis. (Vinicio Angelici - viniange@ig.com.br) (Foto André Fedrizzi) Avaliação: Ótimo Priscilla, Rainha do Deserto – O Musical Texto: Stephan Elliott e Allan Scott Direção: Simon Phillips Elenco: Luciano Andrey, André Torquato, Ruben Gabira, Saulo Vasconcelos e outros Estreou: 17/03/2012 Teatro Bradesco (Shopping Bourbon – Rua Turiassu, 2.100, Perdizes. Fone: 3670-4100). Quinta e sexta, 21h; sábado, 17h e 21h; domingo, 16h e 20h. Ingresso: R$ 40 a R$ 250. Até 29 de julho.

Revista Stravaganza

domingo, 29 de abril de 2012

Trailer: Curta "Os Olhos da Janela"

Vejam o trailer do curta que Saulo Vasconcelos gravou em 2011 com o diretor Bruno Saglia: Os Olhos da Janela.


Os Olhos da Janela (2012) Com: Germano Pereira, Jane Kelly Saglia, Saulo Vasconcelos, Iara Jamra, Christiana Kalache, Sophia Nazaro e Dina Alves.

Produzido Por: Bruno Saglia e Paulo Medeiros de Lima
Coordenação de Produção: Marlúcia Farias
Co-produção: Teleimage, Aúdio S.O.S.
Estúdio Online e Bobby Cohen. Exibição: Cinépolis Uma Produção: B.O.X.X. FILMES Um filme De Bruno Saglia

terça-feira, 24 de abril de 2012

Profile Saulo Vasconcelos

Saulo Vasconcelos no Profile do Cena Musical falando sobre sua carreira. Como foi o seu inicio, seus musicais, seus personagens!!




domingo, 22 de abril de 2012

Já não há retorno

Vasculhando a internet olha o que achamos: "Já não há retorno" de O Fantasma da Ópera. Com Saulo Vasconcelos e Sara Sarres.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Rebeca Grisi do E! Vip Brasil entrevista Saulo Vasconcelos

A repórter Rebeca Grisi conferiu a estreia do musical Priscilla, a Rainha do Deserto, em cartaz no Teatro Bradesco em São Paulo. A produção é baseada no filme de mesmo nome e é sucesso na Broadway. Saulo Vasconcelos, que interpreta o mecânico Bob na montagem nacional conversou com a equipe do E! Vip Brasil.




terça-feira, 17 de abril de 2012

Ensaio de O Fantasma da Ópera

E aí gostaram da entrevista do ator Saulo Vasconcelos no programa do Jô?

Então, que tal ver o ensaio dele no programa cantando o Fantasma da Ópera.



sábado, 14 de abril de 2012

Entrevista de Saulo Vasconcelos no Jô

Para quem não conseguiu ver ou quer rever Saulo Vasconcelos ontem na divertidissíma entrevista com Jô Soares no "Programa do Jô" segue a entrevista.



Garantia de muita risada!!!!!! E segue o link para ver a apresentação de "I will Survive" no programa com o elenco de Priscilla, Rainha do Deserto. CLIQUE AQUI

Em cartaz com "Priscilla, Rainha do Deserto", Saulo Vasconcelos diz que é "ídolo dos gays"


Em entrevista ao "Programa do Jô" que foi ao ar nesta sexta (13), o ator Saulo Vasconcelos disse que está fazendo sucesso com os "ursos" (gays que adotam visual cheinho e com barba) por causa do seu papel no musical "Priscilla, Rainha do Deserto" como o mecânico Bob. "Meu personagem se apaixona por uma das drag queens do espetáculo. É engraçado porque estou fazendo o sucesso com o público gay. Sou ídolo dos 'ursos'", contou.

No programa, o ator mostra um vídeo de quando era baterista da banda do colégio e fala do começo da carreira. "Comecei a cantar por acaso, quando uma colega de faculdade me chamou pra participar de um coral. Foi quando descobri que tinha voz e tomei gosto pela música, especialmente por óperas".

Saulo Vasconcelos também falou com Jô Soares sobre a sua passagem pelo México durante uma montagem de "O Fantasma da Ópera", que foi marcada por momentos engraçados. "Tive que passar minhas medidas para a montagem do figurino e, como não falava espanhol, respondi 'uma mão fechada' quando me perguntaram o tamanho do saco, que significa paletó no idioma", lembrou.

UOL

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Saulo amanhã no Jô Soares

Quem vai assistir põe o dedo aqui, que já vai fechar!!!

Pessoal, não esqueçam!!!

Amanhã, 13, o ator/cantor Saulo Vasconcelos estará no programa do Jô Soares participando de uma entrevista exclusiva e  também com o elenco de Priscilla, Rainha do Deserto apresentando cenas da peça. Não percam, pois a entrevista esta demais.


Veja parte do ensaio do programa clicando AQUI!!!

Então, não deixem de assistir. Amanhã na rede Globo.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Ensaio de Saulo Vasconcelos no programa do Jô

Assistam um pedacinho do ensaio de Saulo Vasconcelos hoje no programa do Jô Soares. Ele canta "Born To Be Wild" com o Sexteto do programa do Jô. A participação foi tão bem sucedida que durou dois blocos do programa e nem houve tempo de Saulo cantar todas as músicas que ensaiou  para a gravação. O programa deve ir ao ar essa semana. Fiquem atentos aqui no blog e nas redes sociais do ator para saber das novidades. Aliás, aproveitem para segui-ló no twitter @saulovasconcelo.



Até já!!!!
Vídeo TGB Comunicação

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Bate-papo UOL Com Saulo Vasconcelos (Vídeo)

Após trabalhar em musicais como "O Fantasma da Ópera", "Les Misérables", "A Bela e a Fera" e "A Noviça Rebelde", Saulo Vasconcelos vive o mecânico Bob em "Priscilla, A Rainha do Deserto". No espetáculo, o rapaz começa a viajar com as drag queens após consertar o ônibus "Priscilla" e salvar o trio de protagonistas Bernadette, Mitzi e Adam, que ficariam encalhadas no meio do deserto da Austrália. O espetáculo da Broadway, inspirado no filme homônimo lançado em 1994, conta com músicas originais, sem tradução, e traz ao palco uma versão do famoso ônibus que custou cerca de dois milhões de dólares. No chat, Saulo fala sobre o atual momento da carreira e conta como é fazer um espetáculo bastante esperado pelo público.

Com ingressos entre R$40 e R$250, a peça segue em cartaz no Teatro Bradesco e conta também com Ruben Gabira, Luciano Andrey e André Torquato. Apresentação: Fernanda Pineda; produção: Fernanda Pineda e Patricia Vicentini; direção de imagens: Yuri Catelli. Famosos ajudam a vender ingressos de musicais, diz Saulo Vasconcelos em cartaz com "Priscilla"

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Teaser Priscilla, Rainha do Deserto

Vejam o teaser do musical Priscilla, Rainha do Deserto já com o elenco brasileiro. Com Saulo Vasconcelos, André Toquarto, Ruben Gabira, Luciano Andrey e grande elenco.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

O segredo do Universo está nas flores da Patagônia.

Sempre fui bicho do mato. Sempre gostei de fazenda, de água, de árvore, de natureza. Em 2009 eu estava num período de pausa em "A Noviça Rebelde", enquanto mudávamos nossa temporada do Rio para SP City. Depois de muito pensar, resolvi fazer uma viagem pra Patagônia - uma região gelada que fica ao sul da cordilheira dos Andes, dividida entre a Argentina e Chile







Como quase tudo na vida que eu acho legal e espontâneo, resolvi fazer tudo de última hora, sem muito planejamento. Quando você planeja, acaba se frustrando porque quase nada sai do jeito que você esperava. Além do mais, já tinha uma lista de alguns lugares que queria muito visitar - Nova Zelândia, Austrália (esses dois lugares basicamente por causa do ótimo documentário de surf "Endless Summer 2" que mostra lindas paisagens desses países), Egito, etc.

Bom, a Patagônia era um deles e pra lá que eu fui. Quando cheguei ao destino final - Parque Nacional Torres del Paine, no lado chileno - foi que começou minha jornada. Passei mais ou menos uma semana por lá, no meio de paisagens incríveis com vistas que só quem foi pode começar a compreender a maravilha que é essa região. (min 5:00 do vídeo)
 



Até me lembro que, antes de partir daqui do Brasil, me perguntavam, com certa pena, o porquê de eu fazer essa viagem sozinho. Achei isso interessante. Me fez pensar a respeito da incapacidade que algumas pessoas tem de serem felizes na companhia delas mesmas.
 
E foi pra isso que eu fiz essa viagem. Pra estar feliz comigo mesmo. Não tinha nenhum drama rolando. Ninguém tinha morrido. Não estava em crise. Às vezes, simplesmente, é muito bom estar com você mesmo. Você pode ser alguém muito diferente do que é na realidade do dia-a-dia, por isso escolhi sempre roteiros longos onde estivesse distante do resto da excursão.


Me hospedei no hotel Las Torres. O lugar mais próximo possível de todas as trilhas e lugares incríveis. Tudo bem que eu gosto de aventura - com caminhadas longas de 6 à 10 horas - mas também gosto muito de poder me jogar numa cama confortável depois de um bom jantar num restaurante com uma vista deslumbrante.


E foi nesse clima que fiz minhas trilhas, que começavam às 8 da manhã e terminavam quando o sol se punha.




Isso me mudou, me trasformou. Essa combinação de meditação, vistas espetaculares, de tirar o fôlego, a coragem de encarar isso sozinho... Passar muito tempo caminhando e pensando te faz refletir muito sobre a vida, amigos, família, amor, trabalho, saúde. Poder estar em silêncio ou ao som de músicas no iPod por tantas horas, te levam a lugares em sua mente que trazem um novo entendimento de vida. Você é conduzido, de maneira espontânea e prazerosa, a estar com você mesmo de uma forma completa, única. (Meu vídeo)






Isso me abriu o coração pra ter conversas maravilhosas com pessoas desconhecidas. Saber um pouco das suas histórias de vida.

Me lembro de um casal. Ela era italiana e ele alemão. Nos encontramos no momento em que cheguei ao topo da trilha que leva à base das Torres del Paine. Dividimos um lanchinho bem mixuruca, mas que naquela altura do campeonato, era a coisa mais deliciosa do mundo. E conversamos. Eles me falaram que estavam juntos havia cinco anos, que já haviam feito trilhas em montanhas suíças. Falamos de trivialidades, da fome que estava insuportável, do frio,mesmo sendo verão. E depois ficamos em silêncio, admirando a paisagem castigados constantemente por ventos fortes.


E então comecei minha caminhada de descida pra encontrar a pessoa que deu origem ao título do texto. Não me lembro mais o nome dela. Mas já estava na metade do caminho de volta, quando parei numa pousadinha bem simples que fica às margens de um rio - acho que se chama Campamento Torres. Me sentei numa das mesas de madeira que fica ali pra me servir de uma última refeição pra segunda metade da volta ao hotel.


E nessa mesa estava essa mulher, chilena, de seus 26 anos. Começamos a conversar e perguntei o que ela fazia ali. Trocamos mordidas de sanduíches e barras de cereal. Havia também uma amiga com ela. Falamos da vida, coisas um pouco mais profundas, com leveza e a alegria de estar ali.


Então, começamos a segunda parte da descida, até que uma hora nos separamos. Eu achei que à essa altura do campeonato estava até rolando um clima, mas quando vi que íamos nos separar, desencanei. E ela disse: "Saulo, sabe onde está o segredo do universo? Nas flores. Observe uma flor e você vai saber que lá está a resposta pra tudo".


Quem me conhece sabe o que passou pela minha cabeça. Mil e uma piadas e tiração de sarro. Eu sou um cara sensível, trabalho com isso, mas... "O segredo do universo está nas flores....??? Pô!!!". Porém, por algum motivo eu perguntei a lógica daquilo. E ela não me deu uma resposta racional pro que diabos aquilo queria dizer.

Nos despedimos, eu voltei pro, hotel, passei mais uns tantos dias fazendo mil e um trekkings e passeios à cavalo. Voltei à São Paulo, voltei a sentir "stresses", relaxei com novas férias e novas aventuras, passei por mais um punhado de musicais e hoje, quase 3 anos depois eu ainda me lembro dessa pessoa e da pergunta que ficou na minha cabeça, depois de passada a vontade de falar que ela estava bem louca de drogas alucinógenas: "o que ela viu nas flores que eu não vi?"

Um pouquinho mais de Patagônia!




Saulo Vasconcelos

terça-feira, 3 de abril de 2012

Feijoada :: CLUB A São Paulo



Tradicional e Chic!

Sim, definimos com estas sutis palavras a Feijoada promovida pelo Club A São Paulo. Todos os sábados o Club promove o evento que traz convidados famosos e clientes exigentes ao melhor da gastronomia brasileira. Um cardápio executado pelo Chef Roberto Didone, traz dos diversos tipos de Feijão, até os excêntricos doces da culinária brasileira, entre eles um Manjar dos "Deuses". Tivemos o prazer de fotografar o queridíssimo Amaury Jr., que nos cedeu atenção e simpatia, "Seja bem-vindo", bacana mesmo! Entre as personas no evento, Ciro Batelli, Saulo Vasconcelos, Wesley Sathler e a carismática Renata Maron, Jornalista e Apresentadora do Bom dia Campo. A tarde seguiu animada pelo DJ Betinho Britto e pelo grupo Samba de Babé, contagiante!