quinta-feira, 4 de junho de 2009

A Noviça Rebelde

A noviça rebelde
4/6/2009 13:52:53

(ou ‘Como se faz para consertar Maria?’)

Maria Olívia Garcia

“Qual a palavra para explicar Maria?”


“Como se faz pra
consertar Maria?
Como sentar a nuvem
no divã?
Qual a palavra pra
explicar Maria?”



Essa é uma das músicas de que mais gostei no grande espetáculo que é “A noviça rebelde”, ao qual assisti sábado, juntamente com as pessoas que lotaram um ônibus capitaneado por Tony Lourenço. Maria encontrou a atriz perfeita, de interpretação magistral.

Maria ingênua, Maria alegre, que gosta de crianças, que é verdadeira em seus sentimentos e ações. Simplesmente... Maria! Parabéns à grande atriz e cantora Kiara Sasso, que certamente jamais se esquecerá dessa personagem!
Maravilhoso musical, sem exagero, belíssima produção. Vozes divinas possuem os atores que participam dessa peça, particularmente a da Madre Superiora. As crianças estão perfeitas em seus papéis e não há quem resista a elas e não se enamore de Gretel, a caçulinha.

Detalhes: música de Richard Rodgers e letra de Oscar Hammerstein II; orquestração original: Robert Russel Bennet; versão brasileira: Cláudio Botelho; direção: Charles Möeller; direção musical: Marcelo Castro e Cláudio Botelho; regência: Marcelo Castro. A difícil tarefa da preparação musical das crianças é de Laura Visconti. A coreografia, de Dalal Achcar; os deslumbrantes cenários, com inclusão de muitos recursos digitais, é de Rogério Falcão; os figurinos, de Rita Murtinho; a iluminação de Paulo César Medeiros, o design de som, Marcelo Claret; a coordenação artística, de Tina Salles; a direção de produção, de Aniela Jordan, Beatriz Secchin Braga e Monica Athayde Lopes. A todos estes, a minha admiração, pois esse trabalho de bastidores é o alicerce do que acontece, depois, no palco.
No elenco, Kiara Sasso, deslumbrante como Maria Rainer; o mesmo digo de Saulo Vasconcelos, como Capitão Georg Von Trapp. Sandro Cristopher, no papel de Max Detweiler; Estela Ribeiro como a baronesa Elsa Schraeder. A dona de uma voz que surpreende a todos é a Madre Superiora, representada por Mirna Rubim, que alterna seu papel com Vera do Canto e Mello.

Cláudia Costa faz a Irmã Berthe; Ana Zinger, a Irmã Margaretta, Letícia Medella, a Irmã Sofia; Ada Chaseliov, no papel de Frau Schimidt; Dudu Sandroni, como Franz; Rolf Gruber representado por Felipe Tavolaro; Leo Wainer, como Herr Zeller; Ricca Barros,
como Alte Von Schreiber; Carlinhos Machado, como Barão Elberfeld.

Fazem os filhos do capitão: Carolina Puntel, que alterna o papel com Maria Netto, como Liesl. André Torquato, Renan Ribeiro e Guilherme Lobo também se revezam como Friedrich; Clara Verdier e Karina Mathias, como Louisa; Daniel Paulin, José :Vinicius, Renan Cuisse, no revezamento para Kurt; Brigitta alternada por Isabel Alves de Lima, Thais Blandy, Maryana Minoboli; Marta, por Juliane Oliveira, Isabelle Gallani, Isabela Moreira. Gretel, que encanta a platéia, também é alternada por Júlia Gomes, Rafaela Zavanella e Larissa Manoela.

Essa superprodução recebeu cinco indicações para o Prêmio Shell de Teatro. São 44 cantores-atores para 31 personagens, contando a adaptação da história da família Von Trapp, escrita em 1949, por Maria Augusta Trapp, no livro “A estória dos cantores da Família Trapp”.

A trama toda ocorre no início da Segunda Guerra Mundial, na Áustria. Maria deixa o convento para ser babá dos sete filhos do capitão, que ficara viúvo. As crianças viviam em um regime militar e afugentavam todas as candidatas ao cargo de babá, porém Maria levou a elas a alegria e a música que faltavam em suas vidas, após ficarem órfãs de mãe.

Conforme informações de Maiara Camargo, na Folha Online, 2000 crianças fizeram o teste para a escolha dos vinte que se revezam nas peças.

Na história, Maria e o Capitão se apaixonam, mas ele estava para casar com a baronesa, então a noviça volta para o convento, mas a Madre Superiora a faz ver que deveria enfrentar o seu destino e descobrir o melhor caminho para ela. E este caminho é, obviamente, o do final feliz, naquele estilo romântico que só acontece mesmo na ficção. O Capitão e a baronesa desfazem o compromisso, os obstáculos são removidos num passe de mágica e Maria, então, casa-se com ele. Há um viés político na história, cuja trama tem ainda uma perseguição dos nazistas ao capitão, que conta com a ajuda da esposa, dos filhos e das freiras e consegue fugir para as montanhas.

Quem ainda não foi ver esse musical está perdendo a oportunidade de assistir a um espetáculo maravilhoso! No dia 20 de junho será a vez de assistir a outra megaprodução que volta ao país: “A bela e a fera”, para a qual Tony Lourenço já está a organizar mais um ônibus.


Enquanto dia 20 não chega, curtirei mais um pouco as alegres músicas de A noviça rebelde, e encerro com a letra da música que também encerra a peça, A montanha.



Sobe a montanha
Vai sem cessar
Acha o teu caminho
Faz o teu lugar

Sobe a montanha
Vai, chega ao fim
Faz o teu destino
Sonha o teu jardim

E o sonho será
Tua nova oração
Cada dia será
Uma nova lição

Sobe a montanha
Vai, chega ao fim
Faz o teu destino
Sonha o teu jardim

E o sonho será
Tua nova oração
Cada dia será
Uma nova lição

Sobe a montanha
Vai, chega ao fim
Faz o teu destino
Sonha o teu jardim




Fonte: Jornal Democrata Digital

Nenhum comentário:

Postar um comentário