quinta-feira, 14 de julho de 2011

Entrevista Exclusiva

O ator Saulo Vasconcelos que interpretou Vitor, um roterista de cinema em conflito, fala exclusivamente nesta entrevista sobre o Filme Os Olhos da Janela.













No filme Os Olhos da Janela, Saulo faz sua estréia no cinema interpretando Vitor é um roteirista de cinema, rico, colecionador de carros, entre eles, algumas edições limitadas que marcou época, mora numa casa muito grande e peculiar no Guarujá, que tem ares de uma réplica de um castelo, numa noite após terminar de escrever uma obra, Vitor sente-se perturbado, inquieto, como se tivesse sido arrancado à força toda a sua sensibilidade, precisando experimentar uma sensação que lhe provocasse um choque de sensações, Vitor contrata Mabel, e vive um momento enigmático.



Como você vê o Vitor psicologicamente, já que quando o filme começa, ele esta se sentindo atormentado?

Vejo ele naquela típica situação de vazio interior que qualquer ser humano sente, por qualquer motivo. Aquela sensação de despropósito na vida, de falta de desafios, onde a pessoa se fecha dentro de si mesma, buscando uma nova maneira de se sentir motivado, criativo, útil. Seja pelo trabalho, nos relacionamentos, na vida de uma maneira geral.
Saulo, você que é um ator consagrado no teatro, agora no cinema, como esta sentindo esta experiência?

Não me preocupo com essa parte do glamour e da consagração. O que eu tento fazer é me manter focado, fazendo o que gosto, aprendendo e querendo ser sempre melhor, principalmente como pessoa. Antes de tudo comigo, depois com os outros. Porque se estou bem comigo, posso estar bem com os outros e, portanto, ser um artista mais sensível que pode tocar, com meu trabalho, de uma forma genuína e verdadeira, o coração das pessoas que me acompanham.

Para você, quais são os temas mais importantes do filme?

O que é realmente diferente nesse filme é a idéia de que um escritor pode aprender muito com uma prostituta. A noção de chegar uma prostituta e ser, logo de cara, interrogada com perguntas profundamente filosóficas, é muito interessante. Fora o fato de que, no decorrer do filme, essa conversa tem o poder de transformar a vida dos dois ao mesmo tempo. Os dois se redescobrem, no que podia ser só mais uma noite de trabalho pra uma prostituta e mais um dia de angústia pra um escritor em crise criativa.

Como foi trabalhar com a atriz Jane Kelly Saglia, vocês estiveram juntos antes de filmar?

Sim. Nós sentamos numa mesa, conversamos um pouco sobre a situação. Como se trata de um projeto que dependia muito da disponibilidade das pessoas, eu acho que o tempo de trabalho de mesa foi ínfimo, mas é sempre muito importante sentar e discutir todas as possibilidades pra cena, dos personagens. Importante também o diretor mostrar sua visão, mostrar o que ele quer da cena. Nesse caso, nessas condições, tivemos muito pouco disso. Mas, era o que dava pra fazer e fizemos o melhor.

Durante as filmagens das suas sequências com a atriz Jane Kelly Saglia, houve muita química entre os personagens, tanto que, mesmo quem já conhecia o roteiro, passou a torcer para que eles ficassem juntos, você acha que isso se deve a que?

Isso se deve ao fato de as pessoas no fundo acreditarem que as coisas tem que dar certo. Muitas vezes, ao pensar assim, elas acabam fazendo as coisas darem errado. Lutam tanto por algo que, supostamente não se deveria lutar por. O fator espontaneidade é muito importante pra que uma experiência passe de agradável à incrível. E essa situação incrível vivida por esses dois personagens deve ter contagiado todo mundo no set.

Como foi trabalhar com o cineasta Bruno Saglia?

Uma pessoa incrível. De um humor muito parecido ao meu. Sempre muito disposto e batalhador. Envolvido e comprometido com todos os aspectos da produção. E, principalmente, de uma grande sensibilidade e preocupação com a qualidade de seu trabalho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário