O segundo musical mais visto da história da Broadway, Cats, de Andrew Lloyd Weber, ganha versão brasileira que estreia no próximo dia 4, quinta-feira, às 21h, no Teatro Abril.
Com o mesmo design cênico da Broadway e desenvolvido especificamente para o Teatro Abril, a montagem original adaptada para os palcos brasileiros traz no elenco 38 artistas, que se revezam em vários números musicais.
A direção é de Richard Stafford, que também assina a coreografia. A cantora Paula Lima viverá a gata Grizabella e interpretará a célebre canção Memory (com mais de 150 versões gravadas por cantores como Barbra Streisand, Barry Manilow, José Carreras e Sarah Brightman). Também estão no elenco Sara Sarres e Saulo Vasconcelos – par romântico em O Fantasma da Ópera e que também participaram de outras grandes produções, como A Bela e a Fera e Les Misérables – que comemoram 10 anos de musicais. O compositor Toquinho foi convidado para verter as letras para o português.
Contando com uma grande produção e efeitos especiais, Cats envolve 110 pessoas em sua produção. Americanos, brasileiros e ingleses fazem parte da equipe. A coordenação da produção está a cargo, além do diretor Richard Stafford, do supervisor musical Stan Tucker e da coreógrafa associada Marina Stevenson, que acompanha Cats há mais de 20 anos e esteve no elenco de sua primeira montagem. Para se preparar para o espetáculo, todo o elenco ensaia mais de oito horas todos os dias. Os artistas cantam e dançam o tempo inteiro.
A história de Cats se passa num beco durante a data mais especial do ano para a tribo dos Jellicle Cats, que se reúnem para celebrar quem são e quando o líder do grupo, o sábio e benevolente Old Deuteronomy (Saulo Vasconcelos), anuncia qual deles irá para um lugar especial chamado “Heavyside Layer”, onde poderá renascer para uma nova “vida Jellicle”.
Só um dos gatos não compartilha da euforia do grupo: Grizabella (Paula Lima), que abandonou os companheiros anos antes para explorar o mundo lá fora e agora é desprezada por sua escolha.
O musical é baseado em 14 poemas do livro infantil Old Possum’s Book of Practical Cats, publicado a primeira vez em 1939, com ilustrações do próprio autor, o poeta americano T.S Eliot, que escreveu a obra para os filhos, depois de passar dias observando o comportamento de seus próprios felinos. Com música composta por Andrew Lloyd Webber, Cats – que foi dirigido originalmente por Trevor Nunn – marcou também o início da bem sucedida parceria do compositor com o produtor Cameron Mackintosh, que rendeu outros enormes sucessos, como O Fantasma da Ópera.
Efeitos especiais
Espetáculos à parte são a maquiagem e o figurino. Os macacões usados pelo elenco são inteiramente pintados à mão e feitos de lycra especial para permitir total mobilidade dos movimentos. Vieram direto da Inglaterra e aqui receberam os acertos finais para se ajustar ao corpo de cada ator. São mais de 150 peças, entre roupas e acessórios.
O cenário, que reproduz o beco escuro onde os gatos se reúnem, tem também efeitos especiais que colaboram para a magia do espetáculo, como um pneu gigantesco que se eleva no ar sobre uma nuvem de gelo seco quando Old Deuteronomy leva seu escolhido para o lugar onde viverá sua nova vida. Montado em uma estrutura de 150 m² e que extrapola a caixa cênica do palco, o cenário conta, ainda, com diversas aberturas que ajudam a criar o efeito mágico da transição de cada número, quando os gatos surgem e desaparecem repentinamente na escuridão.
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