Perguntas que a equipe da Arteplural fez para Saulo Vasconcelos
Você já teve outros encontros com Kiara Sasso nos palcos. Queria que você comentasse um pouco sobre essa parceria e de mais uma vez estarem juntos em cena.
Saulo Vasconcelos: Olha... Somos quase como um casal. É a arte imitando a vida. Embora não tenhamos nenhuma intimidade física, nosso entendimento um do outro é tão grande que chega a ser uma espécie de casamento. Estivemos um ano e meio juntos em A Bela e a Fera. Dois anos juntos em O Fantasma da Ópera e mais um ano juntos em A Noviça Rebelde. Quase cinco anos juntos. Fora a convivência que tivemos como amigos entre um espetáculo e outro. Ela é uma de minhas maiores críticas, o que pode ser desgastante, às vezes, mas eu sempre respeitei a opinião dela. O mais engraçado é que, quando ela estreou em A Bela e a Fera (nesse circuito de mega musicais da Broadway, que fique claro), eu já era um veterano. E hoje, estamos praticamente no mesmo patamar. De respeito, tanto um ao outro, quanto à profissão. E acho que o que nos mantém sempre nos encontrando nos palcos da vida é uma coisa muito simples, quase batida, mas não menos verdadeira por isso: um imenso amor por teatro e música.
Você que é veterano (já fez o Fantasma da Ópera, Les Miserables, A Bela e A Fera, Cats), o que destaca em Mamma Mia?
Saulo: Com Mamma Mia!, ao contrário de CATS, temos a volta da dramaturgia com personagens definidos, bem como seus conflitos e suas trajetórias. Vale salientar que o trabalho de nosso diretor, o Sr. Robert McQueen, foi extremamente detalhista no que se refere ao cuidado com os personagens. Ouve trabalho de mesa, ou seja, de sentar e entender cada palavra, a função de cada personagem e o caminho que a peça tinha que tomar. Além de ser um excelente diretor, ele foi um grande professor. Foi uma experiência fantástica e tivemos conversas realmente muito profundas sobre o caráter do ser humano. Aliás, a grande diferença pro filme reside no fato de que nós atores mergulhamos um pouco mais em temas como a descoberta repentina da paternidade, o reencontro de um ente amado após de 21 anos, o significado do matrimônio, do apoio da família, o que significa também ser uma mãe solteira independente, com seus prós e contras. Coisa que no filme são vistas de uma forma mais superficial e leve, na peça são abordados de forma intensa e reveladora.
Em Mamma Mia!, existe a liberdade de dar um toque pessoal em seu personagem? Como você está usando isto para viver Sam?
Saulo: Acho que esse foi o grande diferencial dessa produção e direção. Foi-nos dada a instrução de arriscar, buscar nosso próprio entendimento do personagem. Eu descobri um Sam extremamente manipulador, orgulhoso, mas ao mesmo tempo apaixonado e sensível. Há cenas como a chegada dele na ilha, onde ele se mostra extremamente arrogante e cheio de si. E há cenas, como em "The Winner Takes It All", onde ele se mostra completamente vulnerável e exposto a suas fragilidades, como um homem que amou uma mulher por 21 anos e nunca teve sequer a chance de dizer isso pra ela.
Saulo Vasconcelos: Olha... Somos quase como um casal. É a arte imitando a vida. Embora não tenhamos nenhuma intimidade física, nosso entendimento um do outro é tão grande que chega a ser uma espécie de casamento. Estivemos um ano e meio juntos em A Bela e a Fera. Dois anos juntos em O Fantasma da Ópera e mais um ano juntos em A Noviça Rebelde. Quase cinco anos juntos. Fora a convivência que tivemos como amigos entre um espetáculo e outro. Ela é uma de minhas maiores críticas, o que pode ser desgastante, às vezes, mas eu sempre respeitei a opinião dela. O mais engraçado é que, quando ela estreou em A Bela e a Fera (nesse circuito de mega musicais da Broadway, que fique claro), eu já era um veterano. E hoje, estamos praticamente no mesmo patamar. De respeito, tanto um ao outro, quanto à profissão. E acho que o que nos mantém sempre nos encontrando nos palcos da vida é uma coisa muito simples, quase batida, mas não menos verdadeira por isso: um imenso amor por teatro e música.
Você que é veterano (já fez o Fantasma da Ópera, Les Miserables, A Bela e A Fera, Cats), o que destaca em Mamma Mia?
Saulo: Com Mamma Mia!, ao contrário de CATS, temos a volta da dramaturgia com personagens definidos, bem como seus conflitos e suas trajetórias. Vale salientar que o trabalho de nosso diretor, o Sr. Robert McQueen, foi extremamente detalhista no que se refere ao cuidado com os personagens. Ouve trabalho de mesa, ou seja, de sentar e entender cada palavra, a função de cada personagem e o caminho que a peça tinha que tomar. Além de ser um excelente diretor, ele foi um grande professor. Foi uma experiência fantástica e tivemos conversas realmente muito profundas sobre o caráter do ser humano. Aliás, a grande diferença pro filme reside no fato de que nós atores mergulhamos um pouco mais em temas como a descoberta repentina da paternidade, o reencontro de um ente amado após de 21 anos, o significado do matrimônio, do apoio da família, o que significa também ser uma mãe solteira independente, com seus prós e contras. Coisa que no filme são vistas de uma forma mais superficial e leve, na peça são abordados de forma intensa e reveladora.
Em Mamma Mia!, existe a liberdade de dar um toque pessoal em seu personagem? Como você está usando isto para viver Sam?
Saulo: Acho que esse foi o grande diferencial dessa produção e direção. Foi-nos dada a instrução de arriscar, buscar nosso próprio entendimento do personagem. Eu descobri um Sam extremamente manipulador, orgulhoso, mas ao mesmo tempo apaixonado e sensível. Há cenas como a chegada dele na ilha, onde ele se mostra extremamente arrogante e cheio de si. E há cenas, como em "The Winner Takes It All", onde ele se mostra completamente vulnerável e exposto a suas fragilidades, como um homem que amou uma mulher por 21 anos e nunca teve sequer a chance de dizer isso pra ela.
Arteplural
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